Da saudade

Ontem revi umas partes de Central do Brasil. Péssimo/ótimo filme para se ver quando se está com as emoções à flor da pele. Tantas belezas. Os laços que se formam. Os que se quebram. Esperanças. Desilusões. O sertão, minha gente, o sertão. A cena da reza, pessoas cheias de fé. Eu tenho uma certa inveja de pessoas com fé inabalável, e tenho uma admiração sincera por pessoas que rezam. Já fui de rezar. Gostava muito. Não sei direito o porquê, mas um dia parei. Mas acho que toda reza é bonita. É a palavra exercendo um dos seus maiores poderes. Acho que a palavra tem alguns super poderes, entre eles: a reza, o elogio, a ofensa, a intriga, a conciliação. Penso em retomar o poder da reza, de alguma forma que nem é necessariamente "religiosa".

Mas o que me tocou mesmo, e nem sei como eu não lembrava dessa cena, é a carta de Dora a Josué. No final da carta, que é linda por completo, ela diz: "sinto saudade de tudo".

Sou dessas. Sinto saudade de tudo. Até de mim.